História
da Abelhinha
(SILVA, Almira Sampaio Brasil da; PINHEIRO, Lúcia Marques;
CARDOSO, Risoleta
Ferreira– Guia do Mestre. 7. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1973.)
Ferreira– Guia do Mestre. 7. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1973.)
Capítulo 1
Introdução dos fonemas: a, e (fechado), i, o (aberto), u.
Apresentação da abelhinha, da escova mágica, do índio, dos óculos quebrados e do ursinho.
Era uma vez uma abelhinha que nasceu com asas de um lado só.
Não podia voar, nem um pouquinho. Tinha mesmo de andar. E ela ficava
tão cansada que suspirava assim: a...
O
professor emitirá o som a (som
aberto) e perguntará:
- Quem sabe fazer
o som da abelhinha?
A abelhinha tinha tanta vontade de voar...
Se ela pudesse voar, quantas coisas maravilhosas havia de
fazer!
A abelhinha contava tudo que pensava a uma escova, amiga
dela. A escova
era mágica, mas a abelhinha não sabia.
Um dia, a escova encantada disse à abelhinha:
- Você ainda há de ter asas deste lado também. Espere com
paciência,
minha amiga!
A abelhinha nem queria acreditar em tanta felicidade. Então
a escova
mágica explicou:
- Eu sou uma escova mágica. Posso fazer muita coisa boa. Eu
vou ajudar
você.
Desde esse dia, a abelhinha pensava muito na promessa da
amiga. Quando
a escova via
abelhinha pensando, dizia com uma voz muito rouca e misteriosa: ê...
O
professor emitirá o som e (som
fechado) e dirá:
- Vamos imitar a
escova?
Ou então dizia
estes versinhos:
- Querida amiga abelhinha,
Vou fazer você voar.
Eu ajudo de verdade
Mas você tem de esperar.
Nessa hora, a abelhinha dava uma risada gostosa. Depois,
conversava,
conversava. Por fim, pedia licença para dormir um soninho,
bem escondida nos
pelos da escova mágica.
Todas as manhãs, a abelhinha costumava brincar perto de um
mato muito
alto.
Uma vez, ela viu as folhas do mato se mexerem. E no mesmo
instante
escutou um
barulhinho assim: i ...
O professor
emitirá o som i, agindo como nas vezes anteriores
A abelhinha olhou para um lado, olhou para outro e não viu
nada. Nada,
nada, nada... Começou a sentir um pouquinho de medo. Pensou
em voltar correndo
para junto da escova mágica. Nisto saiu do mato um pequeno
índio, todo enfeitado
de penas.
A abelhinha, muito espantada, perguntou:
- Foi você que fez aquele barulhinho, foi?
- Eu mesmo! Por quê?
A abelhinha disse logo:
- Porque eu estava com medo. Mas agora já passou. Sabe de
uma coisa?
Estou gostando muito de você. Quer ser meu amigo,
indiozinho?
- Feito, falou o pequeno índio.
Na mesma hora, os dois combinaram um a porção de
brincadeiras boas.
Uma tarde, a abelhinha e o índio brincavam no quintal de
uma casa grande.
A abelhinha viu no chão uma coisa muito esquisita.
Olhou... Olhou... Tornou a olhar... Nunca tinha visto
aquilo. Parecia um
bicho mas não era. Que é que podia ser?
A abelhinha resolveu perguntar:
- Como é o seu nome?
Mas a tal coisa
esquisita só fez um barulhinho assim: ó...
O professor
emitirá o som o (som aberto), agindo como nas vezes anteriores.
Foi aí que a abelhinha viu que a tal coisa esquisita eram
uns óculos
quebrados.
Cheia de pena, ela indagou:
- Que foi que aconteceu com você, amigo óculos? Você
escorregou?
Tropeçou numa pedra? Caiu de algum lugar?
Os óculos não disseram uma palavra.
Então a abelhinha achou que os óculos estavam precisando de
ajuda. Para
consolar o
amigo, falou com muito carinho:
- Eu vou ajudar você, ouviu? Vou pedir à minha amiga, a
escova mágica,
que concerte você. Quer ir comigo a casa dela? Amigo índio,
quer vir conosco?
O indiozinho logo aceitou o convite. Apanhou os óculos e
acompanhou a
abelhinha. Andaram... andaram... andaram...
De repente, que é que eles viram junto de uma árvore? Um
ursinho! O
ursinho era muito levado. Quis logo fazer uma travessura.
Escondeu-se atrás da
árvore e para
assustar os amigos ele fez assim: u...
O professor
emitirá o som u, agindo como nas vezes anteriores.
A abelhinha nem nada. Continuou calma.
Há muito tempo ela já conhecia as
brincadeiras do ursinho.
O pequeno índio deu uma corrida para
agarrar o ursinho. Foi quando a
abelhinha reclamou muito aborrecida:
- Ursinho! Amigo índio! Parem com essa
brincadeira. Não podemos perder
tempo. Os óculos quebrados estão
precisando de ajuda. Temos de achar depressa
a escova mágica. Você quer vir conosco,
ursinho?
- Quero sim, abelhinha! Eu também gosto
de ajudar, respondeu o ursinho.
A abelhinha, os óculos quebrados, o
pequeno índio e o ursinho foram
procurar a escova mágica.
Capítulo 2
Introdução
dos sons: v-d-l-m.
Apresentação
do vaga-lume, da dália, do lobo e da minhoca.
A abelhinha, os óculos, o pequeno índio
e o ursinho acabaram encontrando
a escova mágica.
- Boa tarde! Cumprimentou a abelhinha.
Em seguida, ela apresentou os óculos:
- Este aqui é meu novo amigo. Ele também
precisa de sua ajuda. Você quer
consertar meu amiguinho? Ele está todo
quebrado.
Então a escova mágica olhou para os
óculos e disse (ou cantou) assim:
-
Eu prometo que você
Como
novo vai ficar.
Eu
ajudo de verdade
Mas você tem
de esperar.
O
professor poderá recitar ou cantar a quadrinha, levando as
crianças a
repeti-la.
Já estava ficando noite.
- bem, falou a abelhinha. Acho que hoje vou dormir aqui
mesmo. Posso?
E, sem esperar resposta, deitou-se no
meio dos pelos da escova encantada.
E logo tirou um soninho.
De repente a abelhinha acordou e começou
a gritar:
- Socorro! Socorro! Socorro! Por favor,
me acudam!
- Que é que aconteceu com você?
Perguntou o ursinho.
A abelhinha respondeu com voz de choro:
- A escova mágica está pegando fogo!
A escova, dando uma risada, explicou:
- Não é fogo não, abelhinha! É um
bichinho! Ele ficou preso nos meus pelos.
- E a brasa que eu vi? Então não é fogo?
Perguntou a abelhinha com os
olhos arregalados.
- Brasa? Que brasa?! Você se enganou,
abelhinha. O que você viu foi um
bichinho que tem uma luz... Parece até
uma lanterninha!
Ele também está com medo.
A escova encantada sacudiu os pelos. O
bichinho saiu voando.
- Como é seu nome? Quis saber a
abelhinha.
O bichinho muito afobado, só conseguiu fazer um barulhinho
assim: v...
O professor
emitirá o som do v, agindo como nas vezes anteriores.
A escova mágica explicou:
- Este bichinho é um vaga-lume, minha
gente! Ele não pode falar direito,
porque levou um susto muito grande.
Agora ele precisa descansar um pouco. Tudo
vai acabar bem, vocês vão ver.
Nesse instante o vaga-lume voou para o
lado da abelhinha e ascendeu a luz
pisca-pisca. A abelhinha se assustou
tanto que quase desmaiou. Tratou de procurar
um lugar para se esconder. E... Que foi
que a abelhinha viu? Uma dália caída no
chão. A abelhinha, mais que depressa, se
meteu embaixo da flor. E desapareceu...
O pequeno índio, muito desconfiado com o
sumiço da abelhinha, chamou
bem alto:
- Abelhinha! Abelhinha!
Ninguém respondeu.
Aí o ursinho perguntou:
- Onde é que você está, abelhinha? Por
favor, diga pra mim.
Nessa hora a abelhinha compreendeu que
seus amigos já estavam aflitos.
Resolveu, por isso, aparecer. Mas a
abelhinha se remexeu com tanta força que a
dália fez um barulhinho assim: d...
O professor
emitirá o som d, agindo como nas vezes anteriores.
O ursinho, cheio de curiosidade,
indagou:
- Foi você que falou, abelhinha?
E a escova mágica, mais uma vez,
explicou:
- O som que vocês escutaram, meus
amigos, veio dessa flor aí. Qualquer
coisa que sacuda as pétalas dessa dália,
pronto: a gente ouve logo esse barulhinho.
Nesse momento, a abelhinha apareceu,
ainda bastante assustada. Não
conseguia dizer uma palavra.
Então, para sossegar os amigos, a escova
mágica disse uma palavra
mágica: QUADIDUVIVU.
No mesmo instante o susto da abelhinha
passou. O barulhinho da dália
parou. E o vaga-lume falou assim:
- Eu estava voando lá no meio da mata.
Nisto me assustei com os olhos de
um lobo. Pareciam duas velas acesas,
andando de um lado para outro, na
escuridão da noite. Logo depois, escutei
um uivo diferente.
Quase morri de medo!
A abelhinha não se conteve e perguntou:
- E como era esse uivo, hein?
- Não sou capaz de repetir, respondeu o
vaga-lume. Já experimentei muitas
vezes, mas não consegui.
A escova explicou tudo:
- O lobo caiu numa armadilha. O laço
apertou demais o pescoço dele. Por
isso o uivo saiu diferente. Vocês querem
saber como foi o uivo?
A escova repetiu, três vezes, a palavra
mágica: QUADIDUVIVU.
Todos escutaram o uivo abafado de um lobo. Era um uivo
assim: l...
O
professor encostará a língua no céu da boca e colocará a mão no
pescoço
para emitir o som do l fazendo-o
como se estivesse preso num
laço. Em seguida,
agirá como nas vezes anteriores.
- Igualzinho! Gritou o vaga-lume
A abelhinha queria logo saber:
- E depois, que aconteceu?
- Tratei de fugir depressa e acabei
perdido no meio da mata.
E depois? Perguntou o pequeno índio.
- Depois? Continuei voando. Voei,
voei... Fiquei tão cansado que caí no
chão. E que é que havia de aparecer na
minha frente? Uma minhoca! Uma minhoca
comprida, muito vagarosa, cheia de
requebros, cheia de dengos... Uma simpatia de
minhoca! Ela chegou até junto do meu
ouvido e começou a fazer um barulhinho
engraçado. Eu acho que ela ia me contar
algum segredo! Mas não entendi nada. Ah!
Se eu pudesse descobrir o que a minhoca
queria me dizer...
Naquela hora a abelhinha, o pequeno
índio e o ursinho olharam para a
escova encantada. Ela adivinhou o
pensamento de seus amigos e disse de novo,
três vezes: QUADIDUVIVU.
Mal acabou de falar a palavra mágica,
saiu do chão uma fumacinha muito
branca que foi subindo, subindo. Por
fim, desapareceu no ar.
E naquele mesmo lugar todos viram, de
repente, a minhoca aparecer. A
minhoca, se requebrando toda, começou
logo a fazer um som engraçado, assim:
m...
O professor
emitirá o som do m, agindo como nas vezes anteriores.
Então a escova mágica explicou:
- O que a minhoca queria vaga-lume, era
ensinar a você onde ficava a casa
da vovó.
- Que pena! Exclamou ele, suspirando. Eu
já podia ter chegado lá. Mas de
que jeito? Não fui capaz de entender o tal barulhinho...
A escova mágica achou que era hora de
ajudar o vaga-lume e ensinou a ele
o caminho da casa de Dona Júlia.
O vaga-lume se despediu dos amigos:
- Bem... Vocês me dão licença que eu já
vou. Preciso chegar ainda hoje à
casa da vovó.
E lá se foi ele, dizendo assim:
- Obrigado, meus amigos! Muito obrigado!
Adeus! Adeus!
Capítulo 3
Introdução
dos sons: p-g-r-t.
Apresentação
da pipa 30 do
gato, do rato e da torre.
Um dia, a abelhinha viu lá no céu uma
pipa balançando pra lá, pra cá, pra
lá, pra cá. Quando o vento batia na pipa
com força, ela fazia um barulhinho assim:
p...
O professor
emitirá o som p, levando as crianças a repeti-lo.
A abelhinha estava tão distraída ouvindo
o barulhinho que não viu o gato
Golias chegar.
- Abelhinha, que é que você está
fazendo? – perguntou o gato muito
curioso.
- Ah! Eu estou sonhando, amigo Golias...
Sabe o quê? Com as asas que
vou ganhar deste lado. Quando isto
acontecer, eu poderei voar... voar... voar...! A
escova mágica me prometeu ajuda, mas
disse que eu tenho de esperar.
O gato, para alegrar a abelhinha,
perguntou:
- Você quer dar um passeio lá onde está a
pipa?
- Quero sim! Respondeu ela bem depressa.
Então o gato puxou a pipa. A abelhinha
segurou-se nela e a pipa subiu
outra vez.
Golias prendeu a linha da pipa numa
pedra e foi tirar uma soneca. Logo
depois, o gato roncava fazendo um barulhinho assim: g...
O professor
emitirá o som do g, agindo como nas vezes anteriores.
Perto dali, no buraco de um muro velho,
vivia escondido Raque-Raque.
Raque-raque era um rato levado como quê.
Ele tinha escutado a conversa do gato e
da abelhinha e achou que podia
divertir-se à custa do bichano.
Brincar com a abelhinha, não: ela estava
lá no alto, passeando na pipa...
Mas o gato Golias estava dormindo ali,
bem perto dele. Bastava uma corridinha e
pronto!
Sem fazer barulho para não acordar o
bichano, Raque-Raque saiu do
buraco. Deu um puxão na cauda do Golias
e quis voltar depressa para a casa.
Mas não conseguiu. Ficou tão atrapalhado
que começou a fazer um barulhinho
assim: r...
O professor
emitirá o som do r, agindo como nas vezes anteriores.
Com isso o gato abriu os olhos. Espiou
em volta: não viu ninguém. Ele ainda
estava com muito sono e acabou dormindo
outra vez.
Raque-Raque aproveitou a ocasião para
nova brincadeira: deu um peteleco
nas orelhas do bichano e fez cócegas no
focinho dele.
Depois procurou um lugar para se esconder.
Não queria medir forças com o
gato Golias, não! O ratinho não era
tolo.
Escondeu-se atrás de uma pedra e lá
ficou muito quietinho. Mas agora
Golias saiu miando com raiva, querendo
descobrir que é que tinha mexido com ele.
E assim a pipa ficou abandonada,
balançando de um lado para outro.
A força do vento foi aumentando,
aumentando e a linha da pipa arrebentou.
A pipa, levada pela ventania, acabou
ficando presa alto de uma torre.
O vento soprava cada vez mais forte! E
como batia na torre! ... E como batia
na pipa! ... E como sacudia a abelhinha!
...
De vez em quando, por causa da força do
vento, a torre parecia que
estalava, fazendo um barulhinho assim: t ...
O professor
emitirá o som do t, agindo como nas vezes anteriores.
Raque-Raque escutou o barulho. Olhou
para cima e viu a pipa presa na
torre.
O ratinho começou a pensar: “Coitada da
abelhinha! Ela deve estar com
medo, lá em cima. Como é que vai
descer de lá? Tenho de ir agora mesmo ajudar a
minha amiga”.
Raque-Raque saiu correndo. Entrou pelo
buraco de um portão que só ele
conhecia. Pulou um muro. Roeu uma porta.
Subiu uma escada muito comprida.
Atravessou um corredor escuro. Correu,
correu. Só parou no alto da torre.
Aí, Raque-Raque puxou a pipa, bem
ligeiro. Mas quando viu a abelhinha
teve uma surpresa. Ela não estava com
medo, nem um tiquinho, e até ria muito
satisfeita. Nem queria sair de lá. Foi
quando o ratinho disse à abelhinha que a
escova mágica e os outros companheiros
iam ficar com saudades dela.
Então a abelhinha deu um pulo nas costas
de Raque-Raque e voltou para
junto dos amigos. Mal chegou, ela foi
logo contando as coisas maravilhosas que
tinha visto.
Todos estavam gostando muito de ouvir o
que a abelhinha dizia.
De repente ela ficou séria e perguntou à
escova:
- Falta muito tempo pra nascerem as minhas asas novas?
O professor
poderá recitar ou cantar a quadrinha, levando as crianças a repeti-la.
Capítulo 4
Introdução
dos sons: b-s-j-n.
Apresentação
do bule, do sapo, do jacaré e do neném.
Num dia de sol bem quente, a abelhinha
estava com muita sede.
Então a abelhinha entrou numa casa. Viu
em cima do fogo um bule e
pensou: “Talvez eu ache água para beber,
neste bule”.
A abelhinha chegou mais perto. Parecia
que o bule estava resmungando.
Ela ouviu um barulhinho assim: b...
O professor
emitirá o som do b, agindo como nas vezes anteriores
A abelhinha começou na pensar: “Ué! Que
coisa engraçada! Um bule
resmungando... não pode ser. Bobagem!
Com certeza eu que não ouvi direito. Vou
prestar mais atenção.”
A abelhinha olhou de novo para o bule.
Aí, ela compreendeu tudo: a água
estava fervendo e a tampa do bule é que
fazia barulho.
“Água fervendo... eu não vou beber não!”
pensou a abelhinha, “Vou mata a
minha sede em outro lugar.”
O
professor, para levar as crianças a usarem da imaginação, fará os alunos
participarem
da historia, incentivando-os a sugerir onde a abelhinha poderia ter
ido
beber água. (por exemplo: na pia, na bica, no copo, na xícara, numa poça
d’agua etc.)
Valorizará as contribuições infantis depois, continuará a leitura.
A abelhinha bebeu água na pia.
Depois ela foi até a janela.
Olhou para fora e viu perto da lagoa um
sapo de olhos esbugalhados. O
sapo espiava um papel que estava no
chão. Depois fechava os olhos, punha a
língua de fora, balançava a cabeça devagarinho e fazia
assim: s...
O professor
emitirá o som do s, agindo como nas vezes anteriores.
A abelhinha não conseguia entender o ar
misterioso do sapo, nem porque
ele fazia tantas caretas.
E não foi só a abelhinha que não
entendeu.
Um jacaré, que morava na lagoa, achou
também o sapo bem esquisito. E
perguntou:
- Porque é que você olha tanto para esse
papel, amigo sapo?
Por que fecha os olhos a toda hora? Por
que sacode a cabeça? Por que é
que está fazendo esse barulhinho?
O sapo fingiu que não tinha ouvido nada.
Há muito tempo ele queria dar
uma lição no jacaré, que era muito
mentiroso. Por isso continuou fazendo caretas,
cheio de mistério.
Morrendo de curiosidade, o jacaré se
aproximou do sapo.
Foi aí que o sapo, ligeiro como um raio,
virou para baixo a folha de papel e
perguntou:
- Você já viu esta figura?
Na mesma hora o jacaré balançou a cabeça
dizendo que sim.
- Você viu mesmo, amigo jacaré?
Um pouco envergonhado por ter pregado
uma mentira, o jacaré fez apenas
uma barulhinho assim: j...
O professor
emitirá o som do j, agindo como nas vezes anteriores.
O sapo fingiu que não estava reparando
na atrapalhação do jacaré. E fazia
uma pergunta atrás da outra:
- Você já viu como ele é gordinho? Viu
como é comprido? Viu que ele não
tem dentes?
O jacaré, cada vez mais afobado, só
conseguia repetir o barulhinho: j...
Por fim, o sapo perguntou:
- Você já falou com ele?
- J... foi só o que o jacaré disse.
- Ah! Agora tenho certeza: você está
mentindo! Gritou o sapo com pose de
vencedor. Você não falou com ele,
jacaré! Pois se ele não sabe falar...
E rindo muito, mostrou a figura ao
mentiroso.
Aí, o jacaré ficou sem jeito mesmo. Deu
uma corrida e ... tchibum!
Mergulhou, bem depressa, na lagoa.
O sapo foi embora muito contente e
deixou o papel no chão.
A abelhinha resolveu ver de perto a
figura que estava no papel. Ela queria
saber que é que era gordinho, comprido, sem dentes e não
sabia falar.
O
professor, visando à maior interesse pelo desenvolvimento da história,
poderá
pedir aos alunos que ajudem a descobrir de quem o sapo e o jacaré
estavam
falando. Valorizará as contribuições dos alunos e os levará a refletir.
Depois,
continuará a leitura.
A figura nada mais era do que o retrato
do neném, o neto de dona Júlia.
A abelhinha achou que devia levar o
retrato para casa da vovó. Mas como
retrato era grande e pesado! Sozinha,
ela na ia agüentar. Pensou em pedir ajuda ao
vaga-lume.
No mesmo instante o vaga-lume apareceu e
foi logo fazer o que a abelhinha
queria. Chamou alguns companheiros para
levarem, juntos, o retrato do neném à
casa da vovó.
Na hora da partida, a abelhinha
reclamou:
- E eu? Vocês se esqueceram de mim? Ou
não sabem que eu também
quero ir?
Os vaga-lumes responderam logo:
- Você também vai, abelhinha! Dê um pulo
pra cima do retrato. Temos de ir
embora, porque já está anoitecendo.
Os vaga-lumes voaram pelo céu afora.
Voaram... Voaram...
De vez em quando ascendiam às
lanterninhas para iluminar a escuridão da
noite.
Por fim, chegaram à casa da vovó. Ele
brincava sozinho, na cama. Viu os
vaga-lumes e gostou da luz que eles traziam.
Mas como não sabia falar, o neném
começou a fazer assim: n...
O professor
emitirá o som do n, agindo como nas vezes anteriores.
Os vaga-lumes não compreenderam o que o
neném queria dizer. Por isso
foram procurar a vovó, na sala de
jantar.
Capítulo 5
Introdução
dos sons: f-c-z-x.
Apresentação
da faca, do caracol, d zebra e do xaveco.
A vovó estava preparando torradas. Ela
cortava as fatias do pão com muita
dificuldade, porque a faca estava cega.
Todas as vezes que a faca roçava na casca
do pão fazia assim: f...
O professor
emitirá o som do f, agindo como nas vezes anteriores.
Quando as torradas ficaram prontas, dona
Júlia quis descansar um pouco.
Sentou-se na cadeira de balanço e acabou
dormindo.
Foi aí que os vaga-lumes entraram,
voando, na sala. Sem fazer barulho,
puseram, no colo da vovó, o retrato do
neném e a abelhinha. Depois os vaga-lumes
foram embora.
A abelhinha se escondeu numa dobra da
saia de xadrez de dona Júlia.
De repente a abelhinha viu um caracol
encostado no pé da cadeira e
começou a pedir baixinho:
- Caracol, bota o “chifre” de fora.
- Caracol, bota o “chifre” de fora.
O caracol, nem nada!
“Será que o meu amigo está zangado?”
pensou a abelhinha. “Ou quem
sabe ele não me ouviu direito? Talvez
esteja dormindo...”
Nisto o caracol, lá dentro de sua casa, fez assim: c...
O professor
emitirá o som do c, agindo como nas vezes anteriores.
A abelhinha ouviu o som que o caracol
fazia e ficou um pouco espantada.
Agora é que ela não estava entendendo
nada.
Nesse momento o caracol pôs a cabeça de
fora.
A abelhinha, muito curiosa, perguntou:
- Foi você que fez o barulhinho que eu ouvi ainda há pouco,
amigo caracol?
- Fui eu, sim, respondeu ele muito
alegre. Às vezes eu gosto de falar
sozinho.... É que tenho este costume,
sabe? Mas... Por que é que você me chamou
abelhinha?
- Eu? Ah! Veja só, caracol, não é que
com a nossa conversa quase me
esqueço do que queria dizer?
- Pois então diga logo, minha amiga. Não
faça cerimônia...
- Você costuma brincar com o neném?
Perguntou a abelhinha.
O caracol respondeu:
- Brinco com ele sim, minha amiga. Mas
no outro dia, fiquei muito zangado
com neném. Imagine que ele jogou os
óculos da vovó pela janela. Os óculos caíram
no chão, lá no quintal.
- E a vovó? Quis logo saber a abelhinha.
- A vovó, respondeu o caracol, pediu à
lavanderia que apanhasse os óculos.
A lavanderia procurou por todos os
cantos do quintal e não achou nada. Os óculos
tinham desaparecido. Um verdadeiro
mistério.
A abelhinha interrompeu o caracol para
dizer:
- Óculos quebrados da vovó, no quintal...
Depois sumiram? Mistério... É isso
mesmo! São os óculos que eu encontrei
outro dia...
A abelhinha ficou com muita pena da
vovó.
Ela chamou, então, três vezes a escova
mágica. Na mesma hora a escova
apareceu.
- Que é que você quer de mim, abelhinha?
Perguntou a escova.
_ Ah! Minha grande amiga! Suspirou a
abelhinha. Você prometeu ajudar os
óculos quebrados, não foi? E disse que
eles tinham de esperar um pouco. Acontece
que esses óculos agora mesmo, eu ficaria tão contente...
- Você é de fato uma boa abelhinha,
falou muito satisfeita a escova
encantada. Por isso vou fazer o que você
me pediu.
A escova disse, três vezes, a palavra
mágica: QUADIDUVIVU. E logo
apareceram os óculos de Dona Julia, já
concertados.
- Obrigada, obrigada! Agradeceu muito
feliz a abelhinha.
A escova mágica tratou de ajeitar os
óculos no nariz da vovó e foi embora,
porque ainda tinha o que fazer.
A abelhinha e o caracol ficaram calados.
De repente a abelhinha perguntou:
- Que é aquilo ali, caracol?
- Aquilo? Ah! Ah! Aquilo... Você não
está vendo, abelhinha? É um brinquedo
do neném: a zebra ziguezague.
- Ziguezague?! Que nome engraçado! Disse
a abelhinha.
- É que essa zebra é de corda e só anda
fazendo ziguezague, explicou o
caracol. Vou mostrar a você como é,
abelhinha.
O caracol deu um empurrão, de leve, na
zebra. Ela ainda tinha um pouco de
corda e começou a andar em ziguezague, fazendo um
barulhinho assim: z...
O professor
emitirá o som do z, agindo como nas vezes anteriores.
A zebra Ziguezague andou, andou... Até a
corda acabar.
Nessa ocasião a abelhinha, que estava
olhando para outro brinquedo,
perguntou ao caracol:
- E aquele lá, quem é?
- Aquele?! Aquele é Xaveco, o boneco de
molas mais travesso do mundo!
Lá no canto do quarto, Xaveco começou a pular, fazendo um
som assim: x...
O professor
emitirá o som do x, agindo como nas vezes anteriores.
Nisto o caracol avisou a abelhinha:
- O neném está choramingando. A vovó
acaba de acordar.
- Caracol, veja só como a vovó ajeita os
óculos no nariz, falou baixinho a
abelhinha. Ih! Agora ela começou a rir
para o retrato do neném. Repare bem! Ela se
levantou caracol! Pra onde será que ela
vai?
- Dona Julia está indo para o quarto do
netinho, respondeu o caracol.
- Uf! Que susto que eu levei! Reclamou a
abelhinha. O melhor é a gente ir
para o outro lado da sala. Nada de ficar
na passagem, amigo caracol. É muito
perigoso!
Nessa hora, o neném choramingou de novo.
Vovó pôs Xaveco perto dele,
na caminha azul e começou a dizer:
-
Fique bem quietinho,
Xaveco
endiabrado,
deixe
o meu netinho
Dormir sossegado.
O
professor poderá cantar com uma música de ninar, ou então recitar
esta quadrinha,
levando as crianças a repeti-la.
Capítulo 6
Introdução
dos sons: nh-ch-lh31
Apresentação
da harpa.
I. (nh)
A abelhinha e o caracol entraram no
quarto do neném.
Ele estava dormindo na sua caminha azul.
A abelhinha foi logo perguntando o
caracol:
- Como é o nome daquilo que está ali?
- É uma harpa de brinquedo, respondeu o
caracol.
- Para que serve uma harpa? Tornou a
perguntar a abelhinha.
- A harpa serve para tocar música,
abelhinha! Ela é da família do violão.
Basta à gente puxar uma corda e pronto:
ouve logo um som bonito.
- Como você é sabido, caracol! Eu nunca
tinha visto uma harpa. Depois,
muito entusiasmada, a abelhinha gritou:
- Eu quero ouvir a harpa tocar! Eu quero ouvir agora mesmo!
A abelhinha fez uma algazarra tão grande
que acordou o neném. A cama
dele era muito baixinha: ficava bem
perto do chão. O neto de Dona Julia desceu da
cama devagarinho e começou a engatinhar,
muito contente. Ele engatinhou até ficar
ao lado da harpa de brinquedo, assim:
O professor, em
silêncio, escreverá no quadro o dígrafo nh.
Então, o neném puxou as cordas da harpa
e os dois juntos, o neném e a
harpa, fizeram assim: nh...
O
professor, aprontando o dígrafo escrito no quadro, pronunciará o som
correspondente,
uma ou mais vezes.
Depois, levará as
crianças a repetirem este som.
A abelhinha gostou tanto do som nh que começou a bater
palmas.
O
professor pedirá às crianças que repitam o som que o neném e a harpa
fizeram
juntos.
Em
seguida, mostrará os cartões do neném e da harpa (do alfabetário mural),
colocando-os
um ao lado do outro e pedirá aos alunos que também batam
palmas para o
neném e a harpa.
O neném ouviu as palmas da abelhinha.
Largou a harpa e começou também
a bater palminhas.
Nesse instante todos escutaram o barulho
dos chinelos da vovó. A
abelhinha e o caracol procuraram logo
uma porta para sair. Eles tinham tanto medo
de levar uma pisadela...
Dona Julia entrou no quarto e viu o
neném engatinhando. Com muito
carinho, a vovó pôs o neto no colo e foi
passear com ele no jardim.
A harpa ficou esperando que o outro
amigo aparecesse para brincar com
ela.
II. (ch)
Um, dia, o caracol foi visitar o neném.
Ele não estava no quarto. O caracol
viu a harpa de brinquedo e quis tocar uma
música. O caracol ficou bem perto da
harpa, assim:
O professor, em
silêncio, escreverá no quadro o dígrafo ch.
Então o caracol puxou as cordas da harpa
e os dois juntos, o caracol e a
harpa, fizeram um som igual ao som do Xaveco, assim:
O
professor, apontando o dígrafo escrito no quadro, emitirá o som
correspondente,
levando as crianças a repeti-lo, uma ou mais vezes.
Nesse momento Xaveco apareceu na porta e
reclamou:
- Não! Isto não! Este som é meu! Eu sou
o dono dele. Não vou deixar
ninguém tomar o que é meu. Era só o que
faltava... Não sei por que o caracol e a
harpa querem imitar o som que eu gosto
de fazer. Por que será?
O caracol continuou puxando as cordas da
harpa sem dar importância ao
boneco de mola. Parecia até que nem era
com ele que Xaveco estava falando.
Então o boneco, muito zangado, disse ao
caracol e à harpa:
- Acho melhor vocês pararem com já com
este som. Eu não estou gostando
disso nem um pouquinho.
Nesse instante a abelhinha entrou no
quarto do neném. Ela queria ver a
harpa mais uma vez. Ouviu as reclamações
do boneco e falou com voz muito meiga:
- Calma Xaveco! Você não tem razão para
fazer tanto barulho... Não é nada
do está pensando. Você quer me ouvir?
Você vai compreender tudo, agora mesmo.
A delicadeza da abelhinha conseguiu logo
acalmar o boneco de mola. Com
muito jeito, ela começou a explicar:
- Sabe de uma coisa, Xaveco? Quando o
caracol e a harpa tocam juntos, os
dois fazem um som igual ao que você faz.
É só isso! O caracol e a harpa não
querem tirar nada de ninguém. Pode ficar
sossegado, meu amigo!
Nessa hora, o caracol puxou mais uma vez
as cordas da harpa.
E qual foi o som que o caracol e a harpa fizeram juntos?
O
professor apontando de novo o dígrafo escrito no quadro levará as
crianças a
repetir o som correspondente.
O boneco de mola, nessa altura, já não
estava mais aborrecido. Por isso,
ele pulou de alegria, bateu palmas e
virou cambalhotas.
De repente... zás... Xaveco deu um pulo
e saiu pela janela do quarto.
O caracol quis ver o que o boneco de
molas estava fazendo lá fora. Largou
a harpa e saiu do quarto se arrastando.
O
professor pedirá a opinião das crianças sobre o que Xaveco estaria
fazendo.
Valorizará cada idéia apresentada dizendo que poderia mesmo ter sido
aquilo.
Depois escolherá uma das idéias para terminar a historia, justificando
que
Xaveco estava realmente fazendo isso.
Em seguida,
continuará a leitura.
A harpa ficou, outra vez, esperando que
um amigo aparecesse para brincar
com ela
III. (lh)
Uma vez, a escova encantada foi ao
quarto do neném. A harpa estava
sozinha. A escova teve pena dela e
pensou: “Eu preciso ajudar a minha amiga: Ah!
Já sei o que vou fazer...”
A escova repetiu, três vezes, a palavra
mágica: QUADIDUVIVU.
No mesmo instante, apareceu ao lado da
harpa uma caixa de papelão deste
tamanho, embrulhada num papel dourado.
A escova abriu a caixa e falou:
- Aqui está um presente. Amiga harpa! Eu
acho que você vai gostar muito.
A escova mágica disse isto e foi embora.
Então o presente começou a se
mexer: primeiro devagarinho, depois
depressa... De repente, deu um pulo e zás...
saiu da caixa.
Que é que vocês pensam que a escova mágica deu de presente
à harpa?
O
professor, valendo-se da imaginação das crianças, levará aos alunos e
participarem
da historia, incentivando-os a responder à pergunta, como na
vez
anterior. Valorizará as idéias apresentadas dizendo que poderia mesmo
ter
sido aquilo.
Em seguida
continuará a história.
O presente era um lobo de brinquedo: um
lobo de pelo bonito, olhos
brilhantes e língua vermelha.
O lobo ficou logo juntinho da harpa, assim:
O professor,
silêncio, escreverá no quadro o dígrafo lh.
O lobo puxou as cordas da harpa e os
dois juntos, o lobo e a harpa, fizeram
assim: lh...
O
professor, apontando o dígrafo escrito no quadro, agirá como nas
vezes anteriores.
O lobo tocou harpa durante muito tempo.
De repente ele disse à harpa:
- Agora, vou descansar um pouco, minha
amiga. Mais tarde eu brinco de
novo, esta bem?
O lobo entrou na caixa de papelão. E a
harpa ficou quietinha esperando que
o lobo voltasse.
Capítulo 7
Apresentação
da abelhinha com as novas asas.
Introdução
dos sons: Ah! Oh!
Um dia, a abelhinha estava no jardim da
casa de Dona Julia.
De repente ela ouviu um barulho. Parecia
que o barulho vinha da janela do
quarto do neném. A abelhinha olhou para
lá e ficou assustada. Quis falar e não
pôde. Quis correr e não saiu do lugar.
Quis pedir ajuda e não viu ninguém. Quis
chamar a escova mágica e não conseguiu.
Que teria a abelhinha visto na janela do quarto do neném?
Se
o professor desejar poderá, visando à participação das crianças, levá-las
a
se manifestarem sobre o que a abelhinha teria visto na janela do quarto do
neném.
Valorizará as idéias apresentadas, dizendo que poderia mesmo ter sido
aquilo
o que a abelhinha viu.
Em seguida
continuará a história.
O que a abelhinha viu foi à harpa de
brinquedo. A harpa estava bem na
beira da janela.
“Que perigo!” pensou a abelhinha. “A
harpa pode cair a qualquer momento.
Ela vai ficar em pedaços.”
Nisso o vento começou a balançar a harpa
de um lado para o outro.
De repente o vento empurrou a harpa com
tanta força que ela despencou da
janela.
A abelhinha fechou os olhos e sentiu seu
coração bater assim: tuque-tuque,
tuque-tuque, tuque-tuque. As pernas da
abelhinha começaram a tremer e a cabeça
a rodar, rodar... Cada vez mais aflita,
a abelhinha pensou: “Não quero nem ver como
ficou minha amiga harpa. Ela deve estar
toda espatifada. Que pena!”
A abelhinha não pôde resistir à
curiosidade: foi abrindo os olhos
devagarinho, devagarinho... Primeiro
abriu um olho, depois abriu o outro... Olhou
para o chão, olhou para o lado, olhou
para frente e não viu a harpa, nem inteira, nem
quebrada. A abelhinha pensou: “Como é
que a harpa pôde desaparecer assim? Que
coisa esquisita!... Eu tenho de
descobrir o que foi que aconteceu.”
Nesse instante o vento soprou com mais
força ainda. E a abelhinha tornou a
ouvir um barulho vinha de uma árvore,
perto da janela do quarto do neném.
A abelhinha olhou para lá e... Sabe o
que ela viu? A harpa pendurada num
galho de árvore, presa por uma das
cordas. Estava cai... não cai...
A abelhinha via tudo lá do chão e queria
ajudar a harpa. Mas a árvore era
tão alta...
Nesse instante a abelhinha quis tanto
voar! Ela batia as asinhas... Mas só
tinha asas de um lado... Não saía do
chão!
A abelhinha fechou os olhos e começou a
pensar “Ah! Como seria bom se
as minhas asas já tivessem nascido!...
Eu iria voando pra junto da harpa e garanto
que arranjava logo um jeito de socorrer
minha amiga.”
Foi aí que a abelhinha ouviu três vezes:
QUADIDUVIVU! Pensou logo: “A
escova mágica está aqui! Ela vai salvar
a harpa.”
Nessa hora ela teve uma grande surpresa.
Não é que ela, a abelhinha,
estava lá em cima, no galho da árvore,
juntinho da harpa? Como é que tinha
chegado até ali? Ela não podia voar...
Justamente nesse momento, a abelhinha ouviu a escova mágica
dizer:
-
Você agora, abelhinha,
Tem
tanto o que queria.
Mereceu
bem este prêmio:
Voe, agora,
voe todo dia.
O
professor poderá recitar ou cantar a quadrinha, levando as crianças a
repeti-la.
Depois continuará
a leitura.
Então a abelhinha entendeu tudo: já
tinha quatro asas. Agora podia voar
para onde quisesse. A abelhinha quase
chorou de alegria. Mas não levou o tempo
todo só pensando na sua felicidade.
Lembrou-se também de que a harpa que estava
presa no galho da árvore.
A harpa deu um pulo e zás... Caiu num
canteiro de folhagens macias. A
abelhinha foi pra lá voando... Voando...
Que delícia!
A abelhinha olhou bem para a harpa e
ficou muito espantada: a harpa não
estava quebrada, nem um pouquinho. Não
tinha mesmo um arranhão.
Então a abelhinha, bem junto da harpa, fez assim: ah!
O
professor escreverá, no quadro, a interjeição ah! E pronunciará,
num
tom
de surpresa, cheia de alegria, o seu respectivo som.
Fará
uma pausa e, em seguida, apontando a palavra, perguntará às
crianças:
-
Como foi mesmo que a abelhinha fez quando viu a harpa sem um
arranhão?
Após a resposta
das crianças continuará a leitura.
A abelhinha estava muito feliz. Ela
falava tão alto, fazia tanto barulho, que
chamou a atenção de indiozinho e dos
óculos. Eles estavam brincando ali perto e
vieram depressa. Quiseram logo saber por
que a abelhinha fazia aquela algazarra!
A abelhinha contou o que havia
acontecido com a harpa, mas fez segredo
das asas novas. Ela queria que os amigos
descobrissem sozinhos o motivo da sua
grande alegria.
Os óculos não podiam acreditar no que
acabavam de ouvir. Resolveram ver
a harpa, bem de perto. E ficaram
admirados: a harpa estava mesmo perfeita.
Então os óculos, juntinhos da harpa, fizeram assim: oh!
O
professor escreverá, no quadro, a interjeição oh! E pronunciará,
num tom de
admiração,
o respectivo som.
Depois agirá de
maneira idêntica à vez anterior.
Nessa hora a escova mágica anunciou:
- Vou dar, lá em casa, uma festa de
arromba. Uma festa que vai durar três
dias e três noites!
Perto da harpa o ursinho e a minhoca
disseram quase ao mesmo tempo:
- Hum... Será mesmo verdade?
O indiozinho quis logo saber:
- Festa? Por causa de quê?
A abelhinha achou que devia responder:
- Por minha causa, indiozinho. Quer ver
uma coisa?
E, muito feliz, a abelhinha começou a
voar em voltas dos amigos.
Foi quando o indiozinho gritou:
- Que maravilha! A abelhinha já pode
voar minha gente!
A abelhinha, muito prosa, voava sem
parar.
A escova olhou para a abelhinha e
pensou: “Ela bem que merece esta
felicidade, bem que merece...”
Se
o professor julgar oportuno, pedirá então às crianças que digam por
que
a escova achou que a abelhinha mereceu ganhar asas. Deverá levá-las,
do
modo mais natural possível, a citar as qualidades da abelhinha. Depois
continuará a
leitura.
- O melhor é irmos andando, disse a
escova mágica. Temos de preparar a
festa: arrumar a casa, fazer os doces,
arranjar música. Vamos precisar que todos
ajudem e... Não podemos perder tempo.
O indiozinho disse logo:
- Pode contar comigo!...
Então a escova mágica falou:
- Vocês querem convidar os outros
amigos? E pedir que eles venham
também ajudar? Essa festa tem que ser
mesmo de arromba. Uma festa como
ninguém ainda viu. Uma festa para a
abelhinha!
E então a abelhinha gritou:
- Esta festa é da escova também! Viva a escova!
O
professor poderá levar as crianças a comemorar também o nascimento
das asas novas da
abelhinha.
Fim
BIBLIOGRAFIA:
SILVA, Almira Sampaio
Brasil da; PINHEIRO, Lúcia Marques; CARDOSO, Risoleta Ferreira. Método
Misto de Ensino da Leitura e da Escrita e História da Abelhinha
– Guia do Mestre.
7. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1973.
Nenhum comentário:
Postar um comentário